He who speaks in wicked tongues may translate this.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Rosa Negra [Momento Poético]

Quando o quente do meu sangue encontrar o frio do teu ferro
sei que será o meu fim.
Quando o a minha mente encontrar a fúria do teu disparo
sei que não há volta atrás
Quando entrares no meu corpo e me corroeres de dentro para fora
duvido que tenha feito a escolha acertada

Por isso, porque nos tentas, rosa negra?!
Eu não te quero colher, nem quero que a mim me colhas

Muito gostas tu de misturar o teu negro com o meu
tentas unir-te a mim, cravar teus espinhos no meu corpo
arrastar-me para a terra e consumir-me pelas tuas raízes

Em momentos de fraqueza lá vens tu,
estender-me a mão
como se de ajuda precisasse.

Sempre te esbofeteei a mão
sempre te resisti
já tive mais tentado
mas sempre prevaleci
porque me segues, mesmo assim?!

Já tens amigos meus,
e planeias apoderares-te de mais alguns
mas não te chega
na mira tens-me a mim também
estimulada pela minha teimosia
em ti resistir.

Vais-me desgastando
aproveitas-te dos males que me rodeiam
crias cumplicidades
e seduzes-me com as tuas falacias.

Como um abutre circulas nos céus
a procura da tua próxima carcaça
mas evita sobrevoar por onde estou
pois daqui não levas nada.

Recolhe as tuas negras petalas
Pois teus espinhos não me assustam
Sei das consequencias que é aceitar-te
e não é um contrato que queira assinar.

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