He who speaks in wicked tongues may translate this.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Hiperactividade Transcendente face a fuga do Claustro Auto-Destrutívo.

Bem eu ultimamente ando uma beca para o "Fernando Pessoense", eu sei, mas ao menos não ando a matar pessoas, para desbroncar a minha manifestação.

Mas tenho a dizer, estou a tentar tornar este estado meu mais "dark" em algo que seja produtivo. E sim, acho que estou a ser exageradamente produtivo.

Coisas que ando a fazer:

- Escrever compulsivamente
- Ler livros durante horas (neste momento a ler a Saga da Herança de Christopher Paolini)
- Desenhar/Pintar
- Tocado mais guitarra (pois ando com uma tendinite no pulso de tocar bateria)
- Ler artigos no Wikipedia sobre inúmeras coisas, desde Astrofísica a Figuras Históricas

No meio disto tudo ainda tenho o meu emprego fixo, e eventualmente um "side-job" que apareça de vez em quando, quando alguém precisa de ajuda no Photoshop, ou algo do género.

Essa sobrecarga de atividades está a ter o seu peso sobre os meus ombros, e sinto-me exageradamente cansado. Mas não me sinto motivado a parar, pois ao estar a fazer isto ajuda-me a abstrair de certas coisas que me têm vindo a magoar. Não tenho é saído muito, tenho estado mais em casa, o que é raro.

Também ando com uma espécie de bipolaridade no que toca a "fome", ora tenho bastante fome, ora tenho falta de apetite. Ando mais a saladas quando estou em casa, mas quando estou fora só como merda. Nos transportes é quando me perco em pensamentos, e me deixo levar pelo som que vai saindo dos meus auscultadores, completamente a cagar-me para o mundo exterior. Ajuda-me a abstrair de coisas que me irritam nos transportes, tal como num texto anterior tive a oportunidade de manifestar.

Dou os meus passeios ocasionais pelas poucas zonas verdes que há a volta de minha casa (normalmente a noite), sempre com o meu leitor de MP3 a acompanhar-me.

Já que ando a falar tanto de música, vocês devem-se andar a questionar o que ando mais a ouvir. Vou ser sincero, neste momento ando a ouvir mais Black Metal, e Música Sinfónica Contemporânea. Acabam por ser dois reflexos distintos do meu estado, o lado mais jovem, que abraça a agressividade de Marduk, ou a malícia de Mayem, ou até mesmo a metafisica de Blut Aus Nord. O meu lado mais maduro roda a volta da música sinfónica. Compositores como Jeremy Soule, Martin O'Donnel, Hanz Zimmer, James Newton Howard, funcionam como um misto de Xanax sonoro, como viagem mental a memórias, pensamentos, e fantasias que atravessam a minha mente a toda a hora.

Sim... Sou simplesmente estranho.

Mas todos nós temos as nossas pancas. Eu tenho muitas, tenho plena noção disso, não funciono conforme os cânones sociais em que no qual me rodeiam. Tenho uma maneira muito diferente de pensar, e ver as coisas, pelo que por vezes nascem conflitos. É um facto, não o nego. Sou casmurro e teimoso. Orgulhoso e não sou de desistir com facilidade. Posso empancar com uma coisa, e não descansar até a conseguir. Um dos grandes reflexos dessa minha ambição é a minha natural sede por conhecimentos. Gosto de aprender. Acho extremamente prazeroso o acto de assimilar conhecimentos, e por em prática acções que outrora não me imaginaria capaz de fazer. Gosto de me desafiar constantemente, e apesar de soar a um grande convencido com o ego a rebentar pelas costuras, é a minha humildade que me leva a ser assim. Gosto de me aperfeiçoar como pessoa, não me gabo disso, não ando para ai a dizer que consigo fazer "x" ou que sei mais que "y", mas eu sou o que sou. Para uns posso ser burro. Para outros posso ser um "ganda gajo". Há quem me tenha dito que tenho até alguns "fãs", o que não deixo de me rir com tal expressão pois nem famoso sou. :) Mas ao menos serve para espetar um sorriso estúpido na minha cara. Eu sou assim.

Mas sou verdadeiro a mim mesmo, para o bem, ou para o mal. Sou verdadeiro para os outros, seja para o bem, como para o mal, também. Vá, mando uma peta ou outra mais piedosa e inocente, mas compulsivamente, como vejo muito por aí, não. Nem compreendo a necessidade que muitas pessoas têm de vestir um papel que não corresponde ao que é essencial ao seu próprio ser, como se a verdade fosse ficar escondida para sempre. Nem é pela questão de me enganarem a mim, mas essas pessoas enganam-se a elas mesmas. Colocam-se a jeito para situações de sofrimento desnecessárias, simplesmente porque não sabem lidar com elas mesmas, nem com a realidade circundante. Inventarem mentiras, encenarem coisas que nunca aconteceram, fingirem sentimentos que nunca sentiram, seja para agradar outros/as, ou simplesmente porque não gostam de si como são, é algo que me faz espécie. Mas essas pessoas negam-se sempre. É uma pena, pois já estão tão envoltas em mentiras de tal maneira que se perdem nelas, perdem-se num "Event Horizon" que as prendem dentro delas mesmas e as impedem de brilhar para o exterior da mais pura das formas.

Bem hoje fartei-me de escrever coisas que não têm pontas por onde se pegar. Mas faz bem, estes exercícios mentais. Pensar, e expor o que te vai na alma, e deixar os dedos correrem o teclado para que a tua linha de pensamento fique registada, uma vez que quando pensamos não seguimos as mesmas sequencias que nos levaram a descobrir tal sensação, lembrança, ou pensamento.

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