He who speaks in wicked tongues may translate this.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

...

Hoje com muito pesar no meu peito eu escrevo isto.

Hoje com uma enorme dor me manifesto.

Hoje com uma enorme raiva martelo o meu teclado. Coisas que acontecem. Renovas esperanças de que tudo está bem, e de repente o destino espeta-te uma facada nas costas. Ironia das ironias.

É nestes momentos em que eu gostava de ser uma pedra. Sem sentimentos. Estático. Sem nada a ganhar, nem a perder. Que se limita a existir sem o peso da consciência da sua própria existência. Mas não... Sou exageradamente emotivo. Pego-me demasiado. Sinto demasiado. Sofro demasiado.

Questiono-me do porquê de ser assim. Como é que me permito eu entrar nestes momentos de fraqueza. Quero ser único, mas não passo de mais um, igual a tantos outros, mas agora não passo de um fantasma, uma mera sombra do que era no inicio deste dia.

Escureci mais que a própria noite. E quero ser frio como ela também. Deixar de me apegar, de me entregar a emoções que só servem para me espetarem estalos no focinho. Cansei-me de ser bonzinho, de ser o gajo bacano, de ser aquele que no qual está lá para as pessoas que quando precisam, lá vão. Eu tenho dignidade, nao quero tornar-me num maluquino levado pela sua insanidade, mas neste momento só me apetece partir coisas, magoar pessoas, enfim... Ser desumano. Ser vil, ser cruel, ser contra os princípios básicos dos valores estabelecidos por mim mesmo. Ser vingativo, navegar em mares de malícia, gritar! Gritar até não poder mais. Gritar, arranhar meu corpo, mutilar minha alma.

Pareço uma pita apaixonada... Eu sei. Mas eu não sei lidar bem com sentimentos. Sinto demais para o meu gosto. Pa, porra... Eu, um adulto e vacinado, a chorar... Por causa de sentimentos que são nutridos... Por alguém...

Eu cada vez mais chego a conclusão que não fui concebido para amar, ou ser amado. Nah... Isso não é para mim. Não sou de falar muito sobre o assunto, e também não faço questões de o fazer. Estou a escrever aqui mais com base num capricho meu, que outra coisa qualquer. Talvez seja um escape. Talvez seja vingança. Não sei. Mas só estou a deixar as letras correrem. Antes que vá fazer algo estúpido.

Agora vou enterrar-me em musicas depressivas...

Xau.

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