He who speaks in wicked tongues may translate this.

sábado, 1 de junho de 2013

Hoje vou ser daqueles que escrevem coisas sentimentais em Blogs...

...como se vocês se importassem. Mas não sei. Talvez vocês vão ler isto por este mesmo texto estimular a vossa curiosidade, ou lado mais artístico, não sei.

Mas como já repararam, não tenho vindo aqui escrever mais nada. Tenho andado sem tempo nenhum. Fui a Holanda para tentar a minha sorte e exercer a minha arte como músico. Só ganhei la. Conheci uma terra nova (em que no qual me identifico muito mais) e conheci pessoas maravilhosas. Vi novos prismas sobre coisas que já conhecia, e aprendi um montão de coisas valiosas. Lá senti-me verdadeiramente em casa. Já sinto falta das pessoas que lá me acolheram. Muito eu me ri, muito eu lá vivi, muita emoção eu senti. Teve os seus momentos pesados lá, e cheguei a verter lágrimas, mas essas experiências contribuíram também para o acolhimento que recebi, por muito estranho que vos pareça. Por mim eu ficava la. Mas havia coisas que me fizeram voltar. Pessoas... Que me são especiais, apesar que até nem acreditem nisso, sempre o foram.

Agora que voltei, parece que voltei para um Portugal diferente... Abriram-se hostilidades para comigo, e sinceramente já não sei o que se está a passar. Possivelmente tenha feito algo de errado, quem sabe, e seja justificável. Talvez não mereça essas mesmas pessoas. Muitas coisas foram ditas, e muitas coisas foram mal interpretadas, de ambos os lados. E isso, após uma introspecção mais calma, deixa-me frustrado, especialmente comigo mesmo.

Quem me conhece pessoalmente, sabe que apesar da minha figura que fazem todos rir e que anda sempre com piadas estúpidas, que sou uma pessoa extremamente emotiva, e que ao estar a manifestar-me deste modo realmente quer dizer algo. Não é nenhum pedido de ajuda que estou a fazer. Eu sinceramente nem gosto que tenham pena de mim, mas quero que me compreendam.

Qualquer coisa que eu possa ter dito, se vos magoei, eu peço desculpa por isso. Tenho andado sob uma pressão enorme nos últimos dias, e se calhar possa ter descarregado injustamente em cima de vós, dizendo coisas da boca para fora sobre assuntos que realmente não compreendo. Eu sei que tenho um temperamento bastante difícil de se lidar, e que digo coisas que mais tarde me arrependo, apesar de pensar que na altura faziam sentido na minha cabeça, essas coisas não passaram de monstruosidades que só serviram para cravar facas na vossa alma. A minha já sangra a muito, não é justo fazer as dos outros sangrar também.

Talvez nunca obtenha o perdão de ninguém. Talvez essas pessoas simplesmente pensem que eu não passe de um presunçoso, arrogante, e depressivo que vive num mundo de fantasia onde tudo é bonito, e quando algo corre mal, saco da espada para matar dragões. Problema é que transformo pessoas em dragões e depois dá merda da grande.

Eu tenho os meus traumas, as minhas memórias, e admito que há inúmeras coisas em que no qual eu não tenho bagagem para lidar. Não sou de me esconder, sempre fui de ir a luta e defender as coisas em que no qual acredito. Mas também sei que as vezes faço coisas que magoam as outras pessoas, e que essas mesmas pessoas em que acabam por ser como portos de abrigo para mim me rejeitem. Deixo-me levar por medos meus. Não sei interpretar certas coisas. Certos sinais. Certos dilemas meus. Deixo-me levar por coisas que não correspondem realmente ao que eu sinto. Talvez seja um lunático. Um louco que não saiba o que aqui anda a fazer. Talvez simplesmente não tenha sitio onde ficar. Este meu lado exageradamente emotivo e pitoresco pode ser a minha sina, e a minha bênção. 

Tenho muitas questões na minha mente neste momento, mas há coisas que simplesmente sei, que não quero perder essas pessoas que no qual me fazem mover. Sei que as desculpas não se pedem, evitam-se, e que há limites para o perdão de cada um. Só sei que isto me mata por dentro aos poucos... É uma dor que funciona como uma pedra que cai na agua, e que distorce o reflexo do meu ser. Agora depende de quem está a olhar para o lago, se acham que vale a pena esperarem que as ondas acalmem, para que possam contemplar mais uma vez a minha verdadeira imagem.

Espero que se identifiquem com o que escrevi, e que caso sejam como eu, ou estejam a viver uma situação semelhante, que se redimam junto dessas mesmas pessoas, e que não sejam retardados como eu sou, no que toca a estas coisas.



 "Together we stand...
Divided we fall!"

Como alguem muito querido me disse: "O Karma é lixado!"

1 comentário:

  1. Não sou das pessoas a quem te referes pois, para infelicidade de mim mesma não falamos tanto quanto gostaria, por minha inusitada indiferença ou por acções de entidades superiores a nós mesmos ou ripples de acções minhas no passado para com outras pessoas, que moldaram quem eu sou e o quanto aceito e dou de mim mesma.

    No entanto decerto que a quem esta palavras são dirigidas verá para lá dos dragões e das ondas para a pituresca personalidade que a ti pertence e a nós adorna, de modo tão sui generis que não poderá ser substituido.

    Por isso tem fé no que acreditas, não só me refiro a entidades teológicas mas em factos integrantes da vida e de quem és, pois sem dúvida que por mais negra e eléctrica que seja uma tempestade, sempre terá um termino.

    E deixo-te com o que falta da tua frase de despedida: "Karma's a bitch, but then again, so am I."

    ResponderEliminar