He who speaks in wicked tongues may translate this.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Persona non Grata

Gosto de toda esta ironia em torno de nós, onde tu pelas sombras vens ao meu encontro e depois sob a luz do dia andas a idolatrar algo que sob o que revelaste a mim, não corresponde de todo a tua Natureza. Gosto do jeito falso com que achas que tá tudo bem quando das pessoas tentas tirar proveito, e do meu lado só vez barreiras. Gosto da tua frustração, onde achaste que a tua distancia me iria afetar e de acreditares que preciso de ti. Gosto da maneira como gabavas-te de seres extremamente similar até ao momento em que te meteram o travão. Gosto da maneira como te esforças demasiado para mostrares que estas com uma pessoa, sem que nunca suspeitem que penses noutra. Gosto da maneira como do nada me abordas para saberes o que estou a fazer, mas que só como resposta o meu silencio recebes.

Gosto como iludiste todos a tua volta, para satisfazer o teu egoísmo. Gosto como tentas localizar-te n'algo quando andas notavelmente perdida. Gosto como trocas de mascara com tanta frequência como eu troco de cuecas.

Devias receber um premio Nobel pela tua natureza elusiva, pelo teu morfismo personificado, pela tua adaptabilidade de valores éticos quando estes mais te convêm. Da rosa negra que representas, com mais espinhos que pétalas, em que suas raízes saem para fora do vaso da terra de onde te alimentas.

Eventualmente o teu talo irá ceder, as tuas pétalas secar, e as tuas raízes irão morrer. Não é porque eu o deseje, mas porque assim irá acontecer. Sei bem o tipo de jardineiro que tens e esse mais tarde ou mais cedo irá deixar de ter agua para te regar, e tu irás perecer.

Do teu veneno sou imune, e das tuas garras, intocável. Sempre o fui, e sempre o serei.

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