He who speaks in wicked tongues may translate this.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Fatiga [Momento Poético]

De norte nada espero
Quando perco a meada ao caminho
Sim, não sei por onde dar o próximo passo
Estagnado, preso no tempo
Aprisionado na minha incapacidade de viver.

A cada suspiro
É uma assinatura ao manifesto se sofrimento
Implementada pela angustia do dia a dia
Que é viver sem vida.

Que vazio é este?!
Como pode haver um abismo tão grande em mim?!
De que serei feito, eu, que pareço uma pessoa
Mas que não me vejo como tal
E receio por mim.

A dor que se sente não é aquela que se vê
Mas aquela que não existe
A falta de objectivos, a falta de sabor.
Ignoras todos os meus elogios
Preferes virar a cara e ignorar o que tenho para te dizer.

Porque me fazes isto?!
Torturas-me com a falta de vida, com a que me tiraste.
Lembraste-me que a tinha, só para que a valorizasse mais
Quando esta não se encontra.
Neste meu estado oco.

Este teu abismo que abriste em mim
Que deixaste ao relento para mais tarde nele escarafunchares.
Mata-me de uma vez, tira-me deste sofrimento.
Salva-me de mim, quero ser livre.

Não me abandones a mercê das minhas duvidas.
Pensarei até a morte, em alta cilindrada
Estimula-me a viver, dá-me objectivos, alegria!
Não me deixes a deriva nas marés da vida.
Porque esta só me tem trazido tempestades.

Rodeado de pessoas me sinto só
Não escrevo estes versos para que sintam dó
Mas para que me entendam, o que eu não entendo.

Falta-me algo, mas não sei o quê.
Sinto que pelos outros vivo, e questiono-me porquê.
Aparento vida, mas morte de dentro de mim é o que se vê
Esta nostalgia de nada, farto de tudo, um enorme clichê

Tudo não passa de uma alegoria, um teste a minha pessoa...
Só sei que na minha solidão embebida em ruína me tenho mantido a tona.
Mas cada vez mais me custa manter o ritmo das braçadas... Sinto me cansado...

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